PRÁTICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE

A Educação Permanente propõe que a transformação das práticas profissionais deve estar baseada na reflexão crítica, em espaços coletivos. Os espaços coletivos de Educação Permanente propiciam a interação da equipe para a reflexão sobre a realidade vivenciada, possibilitando o desenvolvimento de estratégias que possam promover mudanças na realidade no qual está inserido o serviço, buscando avançar em direção à integralidade e humanização nos serviços prestados.

Propõe ainda o compartilhamento de saberes, ideias e ações, a partir da reflexão das práticas de trabalho e da troca de experiências do cotidiano, construindo ações educativas com novas possibilidades de atuação. A ideia é a construção de um coletivo de educação permanente no local de trabalho envolvendo os mais diversos atores (professores das mais diversas áreas de conhecimento, pedagogas, coordenadoras, estagiários), visando discutir e relacionar como trabalhar com educação permanente no cotidiano da escola.

O primeiro passo é reunir a equipe e fazer um levantamento das principais demandas do local de trabalho; o segundo é entender o que está acontecendo sobre a situação-problema, terceiro buscar informações necessárias a fim de solucionar o problema para, em seguida, trocar conhecimentos e experiências com uma equipe multiprofissional que possa vir a dar suporte ao coletivo de educação permanente, como por exemplo a situação seguinte:

No município de Domingos Martins, no mês, eleito como setembro amarelo (SUICÍDIO), a saúde e a educação proporcionaram momentos variados de discussão com os alunos e as famílias sobre a questão do suicídio que é de grande incidência no município. A equipe municipal da saúde mental, esteve reunida com os alunos do Ensino Médio da EEEFM Teófilo Paulino, os professores, pedagogas, onde encenaram um teatro, mostrando o comportamento de uma pessoa com depressão e em seguida abriram para discussão sobre o assunto, onde vários alunos fizeram relatos e perguntas.

Uma psicóloga, de forma voluntária proferiu uma palestra para os pais “Intoxicação digital: um problema contemporâneo” e em seguida, numa roda de conversa, abriu para debate, alertando as famílias sobre o uso excessivo do celular, tanto pelos pais e pelos seus filhos, o prejuízo para a saúde mental que esse aparelho vem fazendo, tais como depressão, ansiedade, distanciamento entre os membros da família. Houve uma participação bastante significativa dos presentes.

Nessas ações citadas pode-se perceber prática de educação permanente, pois foram momentos de reflexão, de mobilização coletiva, envolvimento da saúde e da educação, onde pudemos ver que os problemas tanto da saúde quanto da educação fazem parte de um mesmo processo histórico, envolvendo vários atores que juntos, reunindo forças sociais, podem lutar a favor da qualidade de vida dos nossos jovens, adolescentes e de suas famílias.

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